quarta-feira, 22 de abril de 2009

Vida de Cão

Dizem que o cão é o melhor amigo do homem. E como poderia? Tudo o que vejo é um animal quadrúpede que anda abanando o rabo, só come e suja as calçadas? Como pode um animal tão frágil e aparentemente tão inútil ser também tão importante? Mas é. É verdade o que dizem. O cão é o melhor amigo que o ser humano poderia ter. Melhor até que o próprio ser humano. E não é difícil imaginar os porquês. O cão é o único que fica esperando ansioso para que seu “amigo” volte para casa, é o único que oferece companhia sem nada querer em troca, é o único que respeita verdadeiramente seu “amigo”, é o único que sabe receber e retribuir e o único que está sempre por perto quando precisamos.
Há muitos filmes e livros falando sobre essa verdadeira relação de amizade entre o cão e seu dono. Mas um em especial me chamou a atenção: Marley & Eu. Além de tudo, é ambos, livro e filme e relata o modo como um cão é visto na família, sendo como verdadeiro membro. Para quem ainda não leu ou ainda não assistiu, que o faça assim que puder. Quem conhece e sabe que um cão é insubstituível, entenderá perfeitamente a mensagem transmitida na história do jornalista John Grogan. A mensagem se tornará mais interessante para quem algum dia já teve um amigo sincero e o perdeu.
Viver ao lado de um animal tão carinhoso por 13 anos foi emocionante para o jornalista que se deparou com uma nova carreira pós Marley: escritor. O livro foi lançado em outubro de 2005, nos Estados Unidos, com 304 páginas de puro amor ao cão labrador. Virou um best-seller em diversos países, inclusive no Brasil. Foi adaptado ao cinema três anos depois, dirigido por David Frankel. E nem precisa dizer que foi um sucesso de bilheteria, alcançando o 1º lugar nas bilheterias na primeira semana de exibição, mantendo essa posição na segunda semana. As emoções passadas por John podem ser captadas até mesmo pelo mais leigo na questão fidelidade animal, mas que carrega um coração humano.
Ao Marley, um cachorro tão astuto, tachado inicialmente como o pior cão do mundo, ficou uma vida feliz e que não neessita de complementos. Ele sabia que não poderia estar em lugar melhor do mundo do que no seio de uma família que tanto o amara. À familia Grogan, uma família complicada como qualquer outra e cheia de defeitas, ficou a visão de que mundo perfeito existe, nem que seja apenas aquele visto pelos melhores ou piores cães do mundo. Eles sabiam o quanto eram amados por Marley.
E sempre serão.
Bruna Sousa

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Análise de Álbum: Mallu Magalhães

Por Guilherme Peace

Quem ainda tem dúvidas de que a internet é o meio de comunicação do presente e do futuro, realmente não percebeu a capacidade deste veículo, tão presente no nosso dia a dia.


Prova disso é a cantora Maria Luiza de Arruda Botelho Pereira de Magalhães, ou simplesmente Mallu Magalhães, que lançou seu primeiro álbum em novembro de 2008, em contrato com a operadora de telefonia Vivo, para a qual Mallu canta duas das canções utilizadas em propagandas. Agora, a menina de 16 anos, sucesso da mídia, tanto por suas músicas quanto pelo conturbado namoro com o ex-Los hermanos Marcelo Camelo, gravou um DVD ao vivo, que será lançado oficialmente no dia 25 de Abril, com um show no Citibank Hall.


Tocando vários instrumentos, entre eles gaita e escaleta, Mallu Magalhães apresenta uma musicalidade simples e inocente, mas com muita carga cultural, onde é fácil identificar as influências do folk, de cantores como Bob Dylan e Johnny Cash. Em entrevistas, Mallu assume ser influenciada também por artistas da tropicália, como Caetano Veloso.


O disco traz, em sua maioria, canções em inglês, mas conta com duas em português, que mostram que a garota tem um talento para compor em nossa língua que devia ser mais aproveitado. Porém, ela se defende com a ideia de que a expressividade é mais latente na língua do Tio Sam. O ritmo folk cantado e tocado por Mallu é cativante, como a voz doce de menina, causando uma sensação de tranquilidade e soando prazerosamente familiar. Destaque para as canções "J1", "Tchubaruba" e "Vanguart", rits da internet.


Então, na busca por músicas novas e diferentes do que está sendo divulgado, vale conferir Mallu Magalhães. Boa música, boa voz, boa performance.


Dia 25 de Abril no Citibank Hall - São Paulo - 22 horas
Citibank Hall - Av. Jamaris, 213 - Moema, São Paulo, São PauloMais Informações: (11) 2846-6010Venda a grupos: 2846-6166 r:6232


segunda-feira, 13 de abril de 2009

Será que vivemos numa Matriz?


Semana passada (mais precisamente quinta-feira) o tema da aula de filofia foi "Matrix, bem-vindo ao deserto do real". Correndo o risco de ser linchada por quem possui opiniôes contrárias às minhas, amei ler sobre esse assunto.
Foi passada de mão em mão uma apostila sobre o assunto. O conteúdo era o primeiro capitulo do livro citado acima. Esse livro é uma coletânea de Steve Irwin. Muito legal. O problema é que durante a aula só foi possivel comentar sobre esse pequeno capitulo.
Gostaria de sugerir que os meus caros amigos de aula que leiam esse livro. Garanto que vocês vão entender mais sobre o assunto discutido (assunto esse que vai cair na prova). O livro pode ser encontrado na biblioteca da faculdade.
Até a próxima.
Ah... fica a pergunta: Será que é possivel isso acontecer algum dia?
By Claudia Chagas®

Nirvana é mesmo a melhor banda ?? Quem disse, a MTV ??

Pára !


"Quase" todas as bandas grunge tem em suas letras sentido do cotidiano, seja dos problemas, das felicidades, sonhos ou realizações. Mas são do cotidiano. Das pessoas em geral. Eu digo quase todas porque o Nirvana foge dessa regra. As letras são confusas, eles são desorganizados quanto às melodias, claro que fazem sucesso entre os adolescentes porque realmente é algo jovial, que quer expandir-se, gritar e explodir com tantos hormônios férvidos.Mas não tem como comparar Nirvana com Alice, mas nem de longe. Com Pearl Jam então, putz, aí piorou a situação !


O som, a sonoridade grunge requer algo mais que barulheira. São necessários as opiniões, os questionamentos, as indginações, a vontade de mostrar como as coisas são e como poderiam melhorar, enfim, tudo o que é próprio do jovem. A atitude acompanhada de idéias se faz necessária e isso o Pearl Jam sabe fazer muitíssimo bem, vá ouvir "Do The Evolution" (como o ser humano transforma o mundo e sobrevive através das sociedades e culturas), ou "Jeremy" (uma criança pode tornar-se um problemático indivíduo por não ter a devida atenção dos pais), ou "Even Flow" (a vida de um mendigo), ou até mesmo "Betterman" (fala sobre uma mulher que sofre nas mãos do marido e não sabe qual rumo tomar na vida)... Ufa, é música pra caramba, e que trata dos problemas mais diversos possíveis !!


Então vamos ao ponto central: Não estou dizendo aqui que a música do Nirvana seja ruim, mas com certeza é sem conteúdo, não acrescenta em nada e por tal motivo é ridículo o fato de ser tão idolatrada como se fosse a única ou a melhor banda grunge do planeta. Vamos, ponham o orguinho pra funcionar, porque alienação é tudo o que o povo não precisa.


;D Gabi - Cal Rock !

quinta-feira, 9 de abril de 2009

15 anos sem Kurt Cobain, 7 sem Layne Staley

Por Guilherme Peace
Há quinze anos, no dia 8 de Abril de 1994, pela manhã, o jardineiro e eletricista da mansão dos Cobain ligou para a polícia. Ele acabara de encontrar o corpo de Kurt Donald Cobain, 27 anos, que estava desaparecido haviam dias. Morria ali, oficialmente para o mundo, um dos maiores ícones adolescentes de todos os tempos. Deixou mulher, filha e toda uma geração de fãs desolados. Era o fim de uma era musical, o início da decadência do Grunge.
Ele havia morrido três dias antes, por suicídio.
Na mesma data, mas no ano de 2002, Layne Staley cometeu suicídio por overdose de uma mistura de heroína e cocaína, conhecida como speedball. Seu corpo foi encontrado quinze dias depois, já em estado de decomposição. Parece esta ser uma data maldita para o Grunge.
Como forma de tributo aos dois cantores e compositores, farei uma breve lista com algumas músicas e shows para entender um pouco mais sobre o líder do Nirvana e o do Alice in Chains.


Para entender Kurt Cobain:
Começo com o primeiro disco do Nirvana, "Bleach", de 1989. O disco é carregado da influência que o músico tinha da banda Melvins, da qual era fã assumido.

- Blew (faixa 1 - mostra bem a crueza do som da banda no início)
- Love Buzz (faixa 5 - música da banda Schocking Blue, com uma roupagem mais agressiva do Nirvana)
- Negative Creep (faixa 7 - uma das músicas mais marcantes do Nirvana, perpetuou-se como mais sombria composição de Kurt Cobain)

Em 1991, toda a indústria musical foi abalada pelo lançamento de "Nevermind", que com a música de entrada "Smells like teen spirit", desbancou Michael Jackson do primeiro lugar das paradas em todo o mundo, sendo comparada apenas com o sucesso dos Beatles.

- Smells like teen spirit
- Polly
- Lounge Act
- Drain You
- Something in the way
Em 1993, o último álbum de estúdio com músicas inéditas do Nirvana foi lançado. In Utero não teve a mesma repercussão que Nevermind, mas mostrou como a composição de Kurt Cobain evoluiu para algo mais adulto e sombrio, mesmo com as claras influências de sua então esposa, Courtney Love.
- Serve the servants
- Heart-Shaped Box (composta, segundo as lendas, em conjunto com Courtney Love)
- Pennyroyal tea

O álbum Incesticide, lançado em 1992, foi uma compilação de b-sides do Nirvana e covers de algumas músicas que a banda vinha tocando em shows ao longo da carreira. Entre as canções, destaca-se Molly's Lips, regravação da banda The Vaselines, que Kurt gostava ao ponto de batizar sua filha com o nome da vocalista Frances.

- Dive
- Molly's Lips (Vaselines)
- Been a son
- Son of a gun (Vaselines)
- Aero Zeppelin (em homenagem ao Aerosmith e Led Zeppelin, é considerada a Stairway to Heaven do Nirvana)

Além dos 4 discos principais, foram lançados vários com lags (discos com músicas raras, inéditas e gravações não-oficiais), e o belo Unplugged MTV, gravado em Nova Iorque e considerado um dos melhores acústicos da série. Deste clássico show, ofereço:

- About a girl (em uma versão mais calma e melancólica)
- The man who sold the world (de David Bowie)
- Plateau, Oh, me, Lake of fire (dos Meat Puppets, que fizeram participações especiais no show)
- Where did you sleep last nitgh (de Leadbelly, com ênfase ao segundo verso, onde Cobain, diferentemente dos ensaios, deixa a voz rasgar, eternizando a canção como um último suspiro antes de seu suicídio em 94)

Escutando estas canções e procurando os vídeos de shows, é fácil identificar todo o peso e entender por que Kurt Cobain se tornou o que é hoje para o rock em geral.


Para entender Layne Staley:

O álbum Facelift foi lançado em 1990, antes do importante Nevermind do Nirvana, mas ainda assim ficou marcado por canções que ainda hoje embalam muitos jovens e servem de inspiração para muitas bandas. Ao contrário do Nirvana, o Alice in Chains é uma banda grunge de mais peso, com maiores influências do Heavy Metal do que o Punk da banda de Kurt Cobain.

- Man in the Box
- Love, Hate, Love

O segundo disco, Dirt, foi lançado em 1992, no auge da "Era Grunge". Este foi o disco responsável por consagrar a banda como a de mais qualidade sonora do estilo, principalmente pelos perfeitos conjuntos das vozes de Layne Staley e Jerry Cantrell.
- Them Bones
- Down in a hole
- Would?

O EP Jar of Flies, lançado em 1994, foi importante justamente por ser o primeiro disco neste formato a chegar ao topo das paradas da Billboard e, marcando presença maior que o disco em estúdio Alice in Chains, que viria em seguida, em 1995.
- Nutshell
- No Excuses


Além destes trabalhos, existem os vários não-oficiais que ambos os músicos participaram. De Kurt Cobain, foi lançado em 2005 o encantador "Sliver: the Best of the Box", com gravações raras, em voz e violão e versões antigas, até mesmo em ensaios do Nirvana. Diz-se que a própria filha de Kurt, Frances Bean Cobain, foi quem escolheu as músicas que entrariam na coletânea.



Layne participou de um projeto chamado Mad Season, em que participavam também o guitarrista Mike McCready do Pearl Jam, o baterista Barret Martin do Screaming Trees e o baixista John Baker Saunders.


Então, acompanhando a volta do Grunge na moda (do meu texto anterior), vale homenagear estes dois ícones da música "noventista", prestigiando seu trabalho primoroso. Espero que a dica tenha valido e que as canções escolhidas lhes agrade tanto quanto a mim.



Guilherme Peace

segunda-feira, 6 de abril de 2009

A volta do Grunge, na moda e na música

Por Guilherme Peace



Passando pela banca de jornais neste último domingo, me deixei parar por ver uma palavra que há muito não via em destaque: Grunge. A palavra estava inserida em uma manchete do Jornal Agora, de São Paulo, e vinha acompanhada de uma pequena revista, onde os anos 90 eram citados como agora remanescentes. Obviamente, por ser integrante de uma banda deste estilo musical, me interessei e resolvi fazer uma pequena pesquisa sobre o assunto.
Sabemos que, no geral, a moda tem um aspecto renovável incrível; de épocas em épocas, ela se repete de forma diferenciada, trazendo tendencias que já foram utilizadas. Ainda há pouco tempo, os vestidos comportados dos anos 50, cabelos à la rockabilly, batons de um vermelho berrante e outras características da moda desta época estavam tão em alta quanto os famosos scarpin, disputados nas vitrines com igualdade.
Logo em seguida, tivemos a remassificação dos anos 70 e 80, onde o colorido e o descombinante voltaram a desfilar pelas ruas. na música, bandas como Strokes, CSS, Mallu Magalhães, as várias de rock britânico, entre outras, renovaram os estilo antiquados, trazendo-os à tona. Temos o Folk, o rock clássico, o oitentista barato e divertido, todos em novas roupagens por estas e outras bandas. Então, não era de se estranhar que o movimento mais famoso dos anos 90 também voltasse, na passarela, na música e na mídia.
Em uma postagem especial para o TERRA, Elis Martini comenta: ''Atualmente o estilo grunge tem aparecido com cada vez mais freqüência nas passarelas ou em looks de celebridades. A atriz Katie Holmes, mulher de Tom Cruise, é famosa por suas calças e cardigãs folgados bem ao estilo grunge. Mary-Kate Olsen é outra que aderiu à moda, já tendo sido vista de camisa xadrez diversas vezes.''
Não só estas, como várias outras celebridades já foram fotografadas usando roupas no estilo grunge. Até mesmo em programas de TV, vemos famosos (que conhecem ou não o estilo), usando camisa-flanela e jeans desbotados.
Na interessante matéria, Elis Martini continua: "Nas passarelas, o estilo grunge geralmente aparece revisitado e em uma versão mais moderna. A marca inglesa Mulberry, por exemplo, apostou nos delicados vestidos usados por Courtney Love na sua última coleção de inverno. Já a brasileira Osklen trabalhou com as malhas listradas características do estilo nas peças apresentadas na São Paulo Fashion Week Outono/Inverno 2008. "
Minha banda, a antiga "Bagunça Organizada", sempre trouxe o grunge como tema principal. A música caracteristicamente grunge, com guitarras distorcidas e letras sombrias esteve tão presente no início dos anos 90 quanto as calças rasgadas, camisas-xadrez, juventude letárgica e cabelos bagunçados.
Assim sendo, com o retorno do movimento Grunge pré-anunciado pelos jornais e comentaristas de moda e música, vejo uma chance de reviver o bom e velho movimento, utilizando-me de minhas próprias canções como trilha sonora.
E que, se forem aderir à bela e excêntrica moda, que seja ouvindo Bagunça Organizada, Nirvana, Alice in Chains, ou qualquer banda nova que relembre este já clássico estilo, estético e musical.
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Guilherme Peace
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Para ouvir Bagunça Organizada: http://www.palcomp3.com.br/bagunca_organizada/