terça-feira, 28 de setembro de 2010

Então tá, vamos falar de política


Estamos a poucos dias das eleições 2010. Depois de muito tempo de lenga-lenga – tucanos e petistas que o digam –, e pouca política limpa e honesta – pouca, porém eficaz –, finalmente estamos na reta final disso tudo. Vale lembrar, é claro, que estar na reta final não significa ter de ir para o fundo do poço...

Esse ano elegeremos: um presidente da república, um governador, dois senadores, um deputado federal e um deputado estadual.

Mas quais as respectivas funções que cabem para cada um desses cargos políticos? O que faz um senador? E um deputado federal?

Pode parecer piada, mas muitos brasileiros – lê-se muitos –, não sabem quais as funções que um deputado estadual exerce, por exemplo.

Às vezes fico pensando se é válido votar para deputado federal, por exemplo, já que vergonhas como Tiririca, Mulher Pêra, Maguila, entre outros candidatos excêntricos, também disputam o mesmo cargo político.

E já que tocamos no nome do engraçadíssimo humorista Tiririca, que tal tentarmos estabelecer alguma relação lógica para se votar no mesmo? Então tá...

Muitos garantem votar em Tiririca porque, seguindo a linha de campanha política do mesmo, e também embasado em seu slogan, votar em Tiririca significa, ao menos para os jovens, estabelecer uma relação futura com a atual condição política do Brasil. Em outras palavras, votar no Tiririca é confiar na seguinte certeza: “pior do que ‘tá’ não fica”. Não me convenci...

E para deputado estadual? Devo votar mesmo sabendo que meu ex-vizinho está concorrendo? Sabe aquele vizinho que pega o carrinho-de-mão e não devolve? Devo confiar meu voto em um cara desses?

Para senador temos a grandessíssima oportunidade de votar no simpático espancador de mulheres Netinho de Paula (@NetinhoDPaula), ex-vocalista de um grupo de pagode, ex-apresentador de tevê e, infelizmente, possível futuro senador.

E para presidente? Quem merece a maior fatia do bolo?

Temos a candidata do excelentíssimo presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva – ou simplesmente Lula –, Dilma Rousseff, do PT, que para muitos não passa de um “pau mandado” de Lula, que para mim, já é “pau mandado” de alguém; temos o queridíssimo José Serra, do PSDB, que, ao menos em minha modesta concepção, é um falso que se faz de cego sempre que indagado sobre a péssima educação pública no estado de São Paulo; temos o senhor de muitas primaveras Plínio de Arruda, do PSOL, que ganharia meu voto se não fosse a candidatura de Marina Silva, do PV.

Ao meu ver, Marina Silva é muito mais que uma das cinquenta pessoas que podem salvar o planeta; ela é a única pessoa que pode, efetivamente, salvar o Brasil.

Acho difícil de acreditar que qualquer pessoa que tenha assistido o debate do último domingo pela Rede Record e seja dotada de capacidade de pensamento não concorde comigo: Marina Silva e Plínio de Arruda deixaram pequeno para Dilma Rousseff e José serra, senão minúsculo.


Pensem bem e não deem vexame na urna, galera. É o nosso país que depende disso.


28/09/2010, às 15:56.
* Não revisado.






terça-feira, 21 de setembro de 2010

Sobre a "Última crônica"

“Três em um: escritor frustrado, humorista sem graça, amigo ausente e péssimo com cálculos matemáticos”

Parabéns você está melhor do que eu, pois verás:

1. "Três em um:" ─ Hora meu caro! Me diga então, "quantos em um" devo ter dentro de mim? Há quem diga, sobre este que vos comenta: ─ Ele "é" um Psicopata! ─ Deve ser mais um "xaropão" e "besta"! ─ Ele "é" comunista, ainda "tá se achando" e só fala de índio! ─ Eu até rezo para Deus, quando você fala certas coisas na sala! (Essa me surpreendeu). ─ Nossa Márcio você é muito safado, casado e gostando de outra! (Me surpreende a capacidade das pessoas em conhecer o interior das outras - certas inferências podem nos enganar sabiam, além disso o meu casamento já tinha acabado praticamente, hoje fato consumado). Nem gosto de lembrar que algumas pessoas me consideram INSUPORTÁVEL (algo que dói muito em meu coração, por um motivo mais que especial). E entre tantas outras peculiaridades...

Mas quem me conhece bem, gigantesco amigo, sabe que sou um só ser, apenas tentando viver neste "mundo de meu Deus" (como dizia o Rodrigo), em paz e com intenção apenas de não deixar mais que DESISTÊNCIAS VENHAM ME ATORMENTAR O JUÍZO (algo que quase aconteceu DE NOVO, neste período de retorno aos estudos ─ entre o 2º e o 3 º Semestre). Por que a ex-esposa resolveu dizer não mais me amar (hoje tardiamente arrependida).



2. "escritor frustrado": ─ Ao menos você escreve! Não percebeu? eu não tenho nenhuma postagem em nenhum blog, escrevo músicas, tenho diversos textos (capazes de fazer muitas pessoas rezarem para Deus e tudo mais o que tiverem chance), mas não divulguei nenhum texto, quanto as músicas ─divulguei apenas algumas─, sem falar os poemas e versos de amor (exclusivos de quem estiver em meu coração no momento). O que você disse mesmo? "Considero-me um escritor frustrado, pois é assim que todos os maus escritores se nomeiam". ─ Pra ser sincero não entendi, penso que eu é que sou assim, um mau escritor!



3. "humorista sem graça": Essa é fácil, acrescentando o que já falaram de mim: “─ Humm! ─ Engraçadinho, estou morrendo de tanto dar risadas!”

Creio que isso já explique tudo, ou seja, penso que seremos sempre sem graça para as pessoas que não tem nenhuma graça e senso de humor.



4. "amigo ausente": ─ Aí você forçou! Em momentos turbulentos, como estes atuais, a ausência quase que nos é imposta involuntariamente, mas observemos sua questão.

"Considero-me um amigo ausente e acredito que o motivo é auto-explicativo, não é mesmo?"

─ NÃO MESMO! Ora, um amigo ausente é na verdade aquele amigo que não está presente em nossos corações. Não fosse amigos como você, meu caro, eu não estaria mais na FAPCOM, você e tantos outros me ajudaram a perceber inclusive um travamento psicológico que irei expor para você entender, que eu já desisti no meu passado de tantas coisas, por falta de uma orientação e mais ainda por uma decepção que explica a maior parte deste comentário, antes quero agradecer as pessoas que me mostraram algo que eu até tinha esquecido, o jornalista que há (remetendo existência e o meu passado), em mim (forma subjetiva e não física ─ para os que só pensam naquilo─, ora, piadinha sem graça outra vez), em especial agradeço uma pessoa que inclusive mudou um pouco depois (creio que desnecessariamente), mas vamos ao que interessa.



Gilmar eu adorava fazer redação, amava literatura, falava muito bem e a gramática era simples demais, até que um dia uma professora, atenta ao fato de que eu tinha uma letra extremamente horrível, mas de fácil compreensão, forçou-me a usar aos 12 anos um caderno de caligrafia, meus “colegas” zombaram tanto de mim que a tentativa da professora em me ajudar tornou-se o travamento que só descobri na FAPCOM, por voltar a escrever mais, graças à mudança para o curso de jornalismo. Alguns professores e amigos elogiaram o meu texto, mas algo ainda me travava, resolvi expor e conversar sobre o assunto com um psicólogo, que agravou a ajuda e me orientou, para que eu deixasse isso de lado e acreditar que poderia ser bem maior do que este problema, o senso criativo e desejo pelo saber e criar. Se não fosse o travamento eu teria estudado jornalismo antes, pois tinha no passado o maior interesse na área, gostava de ler jornais e revistas, assistia aos tele jornais e ouvia as notícias do rádio etc. Iludido pela mídia e desviado do que realmente gosto (jornalismo ─ comunicação), sonhei em ser jogador de futebol, ator e músico. Interessante é que na mesma sequencia tudo me levou a chegar na FAPCOM, com o sonho de ser ator descobri o interesse pelo radialismo (RTV), com o da música não parei de escrever e compor chegando ao curo de jornalismo hoje. Fiquei cinco anos sem fazer o que eu mais gostava, conhecer as coisas (estudar), simplesmente desisti do curso de matemática que consegui aos 20 anos de idade na Universidade de São Paulo (USP), por ter casado cedo, ou melhor dizendo, por ter medo de não tentar, mas o pior foi ter ficado muito tempo parado (por causa de um acidente quase fatal), sendo que hoje poderia estar talvez em uma condição melhor e com os meus sonhos sendo realizados.



Piu! Você é como um irmão mais novo, um grande amigo e por ver você querendo desistir resolvi expor tudo isso neste comentário, para que no mínimo esta experiência possa lhe ajudar a pensar um pouco mais se valerá a desistência ou não, sei que é algo intrínseco, mas garanto que tudo o que disse era algo intrínseco (e pessoal meu). Isto é algo que deve acontecer com diversas pessoas no mundo todo e cada um é quem sabe “onde o calo mais aperta”. Pensando nisso (e com base nos texto sobre o All Star ─Brush! E outros─), talvez você precisa saber “qual calçado deverá usar daqui pra frente”. Escolha o seu caminho, mas deixo uma sugestão: DESISTIR NÃO É O MELHOR CAMINHO!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Minha última crônica

É claro que não chego nem aos pés de grandes cronistas como Fernando Sabino, Rubem Alves, Rubem Braga etc., mas tento, de todas as maneiras possíveis, escrever alguma coisa que fique no mínimo decente.

Também é claro que a definição de decência é muito subjetiva, pois cada um, de acordo com o seu background, estabelece o que significa decência e, ainda, qual o nível de decência que cada coisa e/ou pessoa tem.

Também é possível estabelecer qual o nível de falta de decência de certas coisas e/ou pessoas. Minha tia Mirtez, por exemplo, é alguém que não tem sequer uma migalha de decência – neste caso decência social. E não digo isso só porque a odeio, digo porque é a mais pura verdade.

E qual o nível de decência de um pseudoescritor que fala mal da tia em um de seus textos? Acredito que pouco, ou mesmo nenhum.

Bem, não façamos das tripas coração... Ao menos não agora.

Estávamos falando de decência crônica – não crônica de doença crônica, e sim crônica de cronista, aquele que escreve crônicas. Mas o que vem a ser uma crônica? Em poucas palavras responde o Aurélio: “crônica sf. 1. Narração histórica, por ordem cronológica. 2. Pequeno conto, de enredo indeterminado. 3. Texto jornalístico redigido de forma livre e pessoal. 4. Seção de revistas ou de jornal. 5. Conjunto de notícias sobre alguém ou algum assunto.”.

Já citado o nome de alguns ótimos cronistas brasileiros e estabelecido o que vem a ser uma crônica – no sentido literário, não medicinal –, vale atentar para uma grande realidade: Você – no caso eu –, nunca será tão bom quanto esses caras: SABINO; ALVES; BRAGA.

Sim, disso eu já sabia.

Sempre tive grande admiração pelo Sabino, que foi o primeiro grande cronista que li, ainda quando tinha meus 12 anos; Rubem Alves é simplesmente belíssimo de se ler; Rubem Braga, por sua vez, é considerado por muitos o melhor cronista brasileiro desde de Machado de Assis.

E quem sou eu perto desses caras? Isso dói, mas tenho de confessar: eu não passo de um “João Gostoso” da literatura – caso não conheça, ler Poema Tirado de uma Notícia de Jornal, de Manuel Bandeira.

Deixemos o pessimismo de lado e vamos à realidade.

Recentemente me defini da seguinte maneira: “Três em um: escritor frustrado, humorista sem graça, amigo ausente e péssimo com cálculos matemáticos”.

Considero-me um escritor frustrado, pois é assim que todos os maus escritores se nomeiam. Considero-me um humorista sem graça porque nem sempre as piadas que faço têm sucesso; também porque uma amiga (lê-se ‘amiga da onça’), disse que precisaria rever todo o meu repertório de piadas e, como se não bastasse, me chamou de sem graça. Considero-me um amigo ausente e acredito que o motivo é auto-explicativo, não é mesmo? Já o fato de me considerar péssimo com cálculos matemáticos foi só mais uma tentativa frustrada de fazer rir. Mas mesmo assim sou péssimo com cálculos.

Tá, onde estávamos? Ah, primeiro citei o nome de alguns grandes cronistas brasileiros, como Fernando Sabino e Rubem Braga, por exemplo; depois fiz uma rápida revisão no quesito decência; falei algumas características marcantes da minha pessoa – odeio quem usa essa expressão –; e agora revelo o verdadeiro intuito desse texto:

Quando falamos de decência devemos, primeiramente, assegurar-nos de que meu nome não será citado, pois, ao contrário do que muitos pensam, não tenho nenhum pouco de decência – aqui no caso acadêmico-literário. Por isso que escrevi esse texto, para me despedir de vocês, queridos colegas de classe e eventuais (lê-se esporádicos) leitores.

Como não sou praticante da decência literária, tampouco a social, escrevi essa crônica como maneira de me aposentar da carreira literária. Sim, estou novo demais para isso, mas, como diria minha avó, "é de novo que se torce o pepino". Nunca entendi bem o que isso quer dizer, mas tá valendo.

Devido a minha falta de decência social (lê-se pilantragem), não pude comparecer para me despedir cara a cara de todas as pessoas que estimo, respeito e julgo de boa índole. Há também, é claro, aqueles que não suporto. Ia me despedir desses também: com um belo sorriso amarelo no rosto, me colocaria à frente dos meus rivais e diria um sincero “Adiós, amigos”.

Gilmar Ribeiro (piu!)
15/09/2010, às 3h44min.
* Não revisado.

FONTE

Mini-Aurélio

http://www.releituras.com/rubembraga_bio.asp

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Tradição por inovação


Após 119 anos de jornalismo no Rio de Janeiro, o Jornal do Brasil resolveu fechar suas portas para a versão impressa.


- Bom dia. O senhor pode ‘me ver’ o JB?
- Jornal do Brasil? Ih, meu jovem. Você está por fora. Não acessa o ‘ciberespaço’? O JB, à partir de hoje, não existe mais em bancas que nem essa. Agora é só naquela banca quadrada e profunda que chamamos de Internet.
- Não existe mais o JB impresso?
- Não, rapaz. Só pela internet. E se continuar assim, ‘tô’ vendo que em bancas de jornal venderemos apenas balinhas e ‘cards’ pra essas crianças.


       O político, advogado e jornalista Rodolfo Epifânio de Sousa Dantas foi quem fundou o Jornal do Brasil, em 1891, no Rio de Janeiro, defendendo o regime da Monarquia que havia acabado de ser deposto. O jornal possuía colaboração de grandes nomes da época, como Ulisses Viana, Joaquim Nabuco, José Veríssimo e o Barão do Rio Branco. Seu editor-chefe era o futuro substituto de Machado de Assis na Academia Brasileira de Letras, o escritor, político e diplomata Rui Barbosa.
       O até então Presidente da República Floriano Peixoto, em 1893, manda fechar o jornal e faz ameaça de morte ao editor Rui Barbosa, que se exila. Permanece fechado por um 1 ano e 45 dias (410 dias), voltando a abrir as portas em 15 de novembro de 1894, sob a direção da família Mendes de Almeida, com nova proposta editorial, defendendo a República. Apoiou o Golpe Militar em 1964, assim como a maioria da imprensa da época, e teve seu auge entre os anos de 1950 e 1980.
       Em 2001, sob o comando de Nelson Tanure, seu sucesso despencou para apenas 70 mil exemplares vendidos em dias da semana e 105 mil aos domingos. Inovou o design, no ano de 2006, passando a ser impresso em formato europeu, sendo um pouco maior que um tablóide e um pouco menor que o formato convencional. Seu percentual de vendas aumentou, em 2007, para 100 mil exemplares vendidos em dias da semana. Outra inovação ocorreu em 2008, quando teve todo o seu acervo histórico digitalizado e disponível na internet, em parceria com o Google. Em março desse ano a venda chegava a apenas 20.941 mil exemplares. Milhares de jornalistas foram demitidos, devido à sua crise econômica que teve início nos anos 1990. Hoje a redação conta com apenas 60 integrantes. Perdendo seu prestígio, foi identificado recentemente, pelo IVC (Instituto Verificador de Circulação), cerca de apenas 17 mil exemplares vendidos. Por conta disso foi descredenciado pelo Instituto.
       Em julho deste ano foi divulgada a notícia que o JB perderia sua edição impressa, passando a existir apenas pela internet, disponível para leitores mediante assinatura mensal de R$9,90. Tanure afirmou seguir a nova tendência do jornalismo brasileiro, chamando atenção ao fato do compromisso social, já que menos árvores seriam derrubadas para uma edição dominical, por exemplo, que antes consumia cerca de 200 árvores. Para evitar o clima de despedida, sua última edição impressa, em 31 de agosto de 2010, não teve nada de especial ou comemorativo, apenas uma pequena referência por ser, a partir de 1º de setembro, o primeiro jornal 100% digital do Brasil. Seu novo slogan é:

“Qualidade.
Praticidade.
Alinhamento com o futuro.
Respeito à ecologia.