quinta-feira, 29 de abril de 2010

Compre Bem? Acho que não!


Imagine você, na sua função praticamente imposta de consumidor, indo a um supermercado com forte campanha publicitária, o que inclui várias propagandas televisivas exibidas diariamente, que nos passam uma ideia de bem estar, conforto, tranquilidade e confiança... Agora imagine, na mesma cena, a compra de um produto que agrega, em sua grande parte, alguns representantes do reino fungi¹.
Foi o que aconteceu comigo, no dia 01/04/2010, quinta-feira, véspera de feriado. Apesar da sugestiva data não é mentira! Fui a um supermercado que fica localizado num bairro nobre de Guarulhos. Tinha a humilde pretensão de comprar alguma coisa para comer. Decidi comprar uma lata de refrigerante sabor laranja (no valor de R$ 1.39), um pacote de biscoito recheado sabor brigadeiro (no valor de R$ 0.89) e um pacote com três unidades de pães-de-frios (no valor de R$ 1.50).
Fiquei bastante contente pela compra, que me custou apenas R$ 3.78, e, ainda, me rendeu R$ 1,22 de troco. Achei sensacional, pois dispunha de pouco poder aquisitivo e, mesmo assim, de forma humilde e honesta, pude ter acesso à uma alimentação barata e "saudável".
Enfrentei uma fila de alguns poucos minutos, efetuei o pagamento, sai contente e satisfeito com a compra. Sentei-me num banquinho que fica bem localizado, daqueles que os velhinhos se sentam para jogar baralho e dominó. Abri a lata de refrigerante, dei uma baita golada. Abri o pacote com três unidades de pães-de-frios e, repleto de ideias positivas acerca do produto que acabara de adquirir, dei uma mordida certeira no danado. No entanto, senti um leve gosto de nada seguido de uma sensação de extrema consistência na massa. Quando fui conferir se realmente havia frios no pão levei um baita susto: O PÃO ESTAVA MOFADO!
Na hora fiquei possesso de raiva. Fui até o mercado a fim de resolver, de maneira civilizada, o que havia acontecido, pois não gosto de causar escândalos e dar vexame. Definitivamente “rodar a baiana” não é comigo.
Cheguei junto ao responsável pela padaria do mercado e expliquei o que havia acontecido. Tive de olhar para a cara de cullus² do responsável da padaria, como se ele estivesse me “quebrando um galho”, me fazendo alguma gentileza. Ele, fazendo uso de uma ironia empobrecida, disse que eu poderia pegar qualquer outro produto no mesmo valor ou receber meu dinheiro de volta. Como estava com fome, optei pela troca do produto, mesmo com toda a desconfiança.
Claro que isso me deixou mais revoltado do que estava. Fui tentar resolver diretamente com a gerente responsável pela loja. Ela, ao ouvir as minhas reclamações, disse:
- Olha, o senhor pode pegar a fila novamente.
Não entendi! Não precisava pegar a fila de novo, uma vez que o problema dos pães mofados nada tinha a ver comigo, era – e é – obrigação do supermercado fornecer aos consumidores produtos com qualidade! Aquilo me deixou tão “P” da vida que nem ao menos pude pensar noutra maneira de solucionar o problema. Me vi, talvez por falta de informação ou, mesmo por receio de dizer que iria ao Procon, obrigado a enfrentar a fila novamente.
Fiquei mais um bocado de tempo na fila – mais tempo que da primeira vez. Saí todo “emputecido” do supermercado já com a certeza que nunca mais comprar ali.
Ainda não sei se fiz a coisa certa. Talvez devesse ter “rodado a baiana”, assim talvez valesse de alguma coisa a minha denúncia. Mas não, decidi, talvez por vergonha de parecer “vulgar”, me omitir e pegar a fila de novo.

1. Reino dos fungos; os fungos são eucariontes heterótrofos e incorporam seus alimentos por absorção. Em sua maioria são multicelulares, mas existem unicelulares, como as leveduras. LAURENCE, J. Biologia: Ensino Médio. Vol. Único. São Paulo: Nova Geração, 2005. p. 272.

2. Cullus. 1. ânus, bunda (uma palavra vulgar para nádegas).


Por Gilmar Ribeiro (piu!).
*Não revisado.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Bruxaria ou o quê?!


Foi essa a pergunta que fiz quando tive o meu primeiro contato com o Akinator, também conhecido como “gênio da Internet”.
Há pouco mais de um mês recebi um e-mail falando sobre o tal gênio, um personagem que adivinha, através de algumas perguntas, em quem estamos pensamos.
Pode ser Lady Gaga, Roberto Carlos, Madonna, ou mesmo o nosso presidente da República... Ele adivinha!
Geralmente a resposta é dada com pouco menos de vinte perguntas feitas, que quase sempre seguem a mesma linha, como “O seu personagem é uma mulher” ou “O seu personagem está vivo?”, e às vezes até dão ar de desnorteadas, parecendo não levar a lugar algum.
Às vezes as vinte perguntas não são suficientes, então o gênio se esforça um pouco mais, a fim de tentar descobrir quem é o nosso personagem.
O danado do gênio já acertou figuras como o Precinho do Carrefour, o vírus da AIDS, Inspetor Bugiganga, o Dollynho, Homem-Codorna etc.
Toda a mágica da coisa consiste em um banco de dados do tamanho que até o próprio gênio duvidaria, que permite com que as perguntas sejam feitas e então revelado nosso personagem oculto.
Vale deixar bem claro que o jogo é meio “viciador”, mas que mesmo assim vale a pena conferir.
Para quem estiver a fim: pt.akinator.com/


Por Gilmar Ribeiro (piu!).

quarta-feira, 14 de abril de 2010

A DESCONHECIDA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO



***O modo frio de manter relações com as pessoas através da tecnologia está se expandindo***

Foi-se o tempo em que a garotada preferia reunir-se em calçadas e praças. Atualmente o único lugar que parece agradar os jovens é o shopping center, que reúne em um único ambiente cinema, praça de alimentação equipada com as melhores lanchonetes, lojas de grifes famosas, games, CD's, acessórios, e uma infinita oferta de produtos que a cada dia cresce mais. Andar por praças e parques? Não nas grandes cidades como São Paulo. Não existe mais aquele contato pessoal entre as pessoas. A internet, os celulares, a mobilidade, ao invés de diminuir a distância, separa ainda mais, mantendo pessoas tão perto de modo tão frio. Duas pessoas, mesmo com uma curta distância, se comunicam pela internet ou pelo telefone, e é mais fácil a interação com pessoas que nem se conhecem do que com aquelas tão próximas de nós.

Ao assistirmos filmes e séries antigos vemos as diferenças entre as sociedades. Como exemplo temos a série de TV norte-americana Anos Incríveis, em que Kevin Arnold (Fred Savage) compartilha com os telespectadores sua infância, transmitindo seus medos, conquistas e a maneira de viver da época, uma maneira simples, sem tecnologia sempre presente, sem o perigo constante nas ruas, a harmonia com a família, que mesmo sendo tão diferentes um do outro, estavam sempre unidos. Não era preciso muito para fazê-los felizes. Para ilustrar a sociedade atual temos o filme Mensagem Pra Você, em que Joe Fox (Tom Hanks) e Kathleen Kelly (Meg Ryan) se apaixonam pela internet sem nem saberem que estão tão próximos, ou mesmo o já clássico entre os jovens dos anos 90 As Patricinhas de Beverly Hills, em que Cher Horowitz (Alicia Silvestone) conversa com suas amigas pelo celular, mesmo estando elas ao seu lado.

A 'sociedade do conhecimento', como é denominada a época atual, vive suas falhas. Para ter a denominação que tem, falta simplesmente o conhecimento. De que adianta conhecer pessoas do outro lado do mundo se mal conhece o próprio irmão? A comunicação que dizem estar se expandindo, está apenas se propagando para longe de nossas realidades. O mundo está ficando frio. Antes, todos se conheciam, todos se cumprimentavam e se respeitavam. Hoje não se sabe nem o nome do vizinho. É mais fácil ter o 'amigo virtual', o 'romance virtual ' , mantendo relacionamentos frios, sem emoção. Pessoas que marcam casamento sem se conhecerem pessoalmente, que juram amor eterno sem nem saber quem de fato é a pessoa do outro lado da tela/telefone. O mundo está em constante transformação.





By Bruna Sousa

(Trabalho de CG - 27/11/09)


segunda-feira, 12 de abril de 2010

Dando o ar de minha humilde graça.

Hoje à tarde (para ser mais exato agorinha mesmo), estou aqui sentado à mesa do computador, com um baita sono e muitas coisas para fazer. É nessas horas que eu paro, penso e repenso: por que não me afiliar ao Nadismo?

Há algum tempo ouvi falar do termo, que me pareceu bastante atraente quanto uma ideologia para se seguir com extrema convicção. Até mesmo tentei entrar na onda do Nadismo e exercer a sua complexa função de fazer nada.

Para muitos fazer nada pode parecer algo banal, sem importância, mas no fundo, e bem lá no fundo mesmo, sabemos que fazer nada é algo que custa, e muito; fazer nada é algo que mexe de tal forma com a cabeça da gente.

De fato fazer nada não é tarefa fácil, muitos nem ao menos sabem por onde começar.

A ideia do Nadismo partiu desse camarada aqui: Marcelo Boher, que provavelmente tinha nada para fazer. Segundo o próprio, “Praticar o Nadismo é se permitir parar de vez em quando para fazer nada numa boa, sem culpa e sem stress. Você também tem esse direito!”.

Para quem quiser conferir alguma coisa a mais sobre o assunto é só acessar: nadismo.com.br

Façam bom proveito!


Por Gilmar Ribeiro (piu!).

domingo, 11 de abril de 2010

Que venha WOODSTOCK


Programado para acontecer na cidade de Woodstock, em Nova York, o festival de 3 dias de Paz & Música acabou sendo realizado na cidade de Bethel, NY, entre os dias 15, 16, noite do dia 17 até a manhã do dia 18 de agosto de 1969, com a presença de diversos nomes do rock'n roll, entre eles Janis Joplin, Joe Cocker, Santana, The Who, Jimi Hendrix, Neil Young etc. O evento foi idealizado por Michael Lang, John P. Roberts, Joel Rosenman e Artie Kornfeld. com 186 mil ingressos vendidos, era esperado um público de cerca de 200 mil pessoas, porém a ideia de um festival ao ar livre com prestigiados nomes do rock'n roll, promovendo a paz e o amor entre as pessoas atraiu um público muito maior: mais de 500 mil pessoas compareceram, invadiram as cercas e se divertiram. O que muito chamou a atenção para o festival foi o fato de haver tantas pessoas num evento que de fato, fez jus ao ideal que pregara: paz! O grande número de invasores assim o fizeram de modo pacífico. Claro que o festival teve sua fatalidade, como o caso de uma pessoa que morreu por overdose e outra atropelada por um trator.
Em comemoração aos 25 anos do festival, 1994, ocorreu em Saugerties, próximo à Nova york, nos dias 12, 13 e 14 de agosto, uma edição com Aerosmith, Nine Inch Nails, Joe Cocker, Metallica, Green Day, Red Hot Chili Peppers etc. O evento não foi tão bom quanto o primeiro, tendo os ingressos sido vendidos por mais de $100, contando com a presença de apenas 250 pessoas (menos da metade), e finais nada pacíficos, em especial durante o show de Green Day, em que houve uma verdadeira guerra de lama e o baixista Mike Dirnt levar um soco e perder vários dentes.
Outra edição aconteceu em 1999, mas esta manchou de vez a reputação do festival da paz, com a presença de Limp Bizkit, Insane Clown Posse e Kid Rock, envolvendo tumulto e violência.
Agora o evento provavelmente acontecerá em São Paulo, na cidade de Itu, nos dias 7, 8 e 9 de outubro, Arena Maedu. Ainda não foram confirmadas estas informações, assim como também não foram divulgados o valor dos ingressos nem todas as atrações, mas algumas presenças já estão sendo cogitadas, como a de Bob Dylan, Smashing Pumpkins, Rage Against The Machine, Pearl Jam, Foo Fighters, Green Day e Linkin' Park.






By Bruna Sousa