segunda-feira, 19 de julho de 2010

E a felicidade, vai aonde?


Dizem que felicidade é um fim de tarde olhando o mar. Bem, se me permitem gostaria de discordar. Por quê? Ué, é muito simples: se felicidade fosse apenas passar um fim de tarde olhando o mar é claro que existiria mais pessoas felizes no mundo, certo? Ah, tem quem gosta de acender um cigarro de maconha na praia e dar uma boa viajada. É claro que essa efêmera sensação de felicidade dura, na maioria das vezes, até o cigarrinho do mal queimar; às vezes a felicidade se prolonga até o êxtase da brisa passar... E por aí vai.
Alguns outros dizem que feliz é a pessoa que não tem dívidas a pagar. Poxa, se for desse jeito vou, assim que possível, liquidar as minhas pendências financeiras com o Banco Itaú e esperar que a felicidade venha. Qual é, todos sabem que ter o nome sujo não traz infelicidade, no máximo incômodo, tipo quando alguém te liga na véspera do Natal para cobrar o que você deve, ou quando a caixinha do correio se enche de COMUNICADOS IMPORTANTES ou correspondências do SPC e/ou Serasa. Isso sim é extremamente chato, mas não chega a ser motivo para infelicidade.
Claro, também há os mais alienados, que são aqueles que acham que só é possível ser feliz nas telas de cinema. Porra, se fosse assim escolheria ser feliz no cinema no gênero pornográfico, que é onde o povo faz sexo adoidado, às vezes goza e ainda descola uma grana por isso; sem contar que não tem nada de ficção, é tudo de verdade, todas as fortes emoções e coisa e tal. É coro no coro, minha gente! Já no faz de conta gostaria de ser a Beatrix Kiddo, do longa Kill Bill (TARANTINO, Quentin), que comeu o pão que o Diabo amassou, matou uma renca de nego para se vingar e, no fim de tudo, conseguiu matar o cretino do Bill e ser feliz. É, ela com certeza mereceu... Se bem que eu li num blog que a filha daquela neguinha que morre logo no início do filme Kill Bill Vol. 1 (V. Green), quer vingança. É... Acho melhor a Kiddo curtir seus momentos de felicidade, pois a coisa vai ficar preta para o lado dela.
Já para a minha avó, feliz é a mulher que arruma um bom marido, que seja trabalhador, sustente a casa e os filhos, que pague todas as contas, que bote chifre... Bem, o chifre seria, de acordo com a própria, só um mero complemento, já que o importante é ter alguém que mantenha a casa arcando com o lado econômico da coisa. E o amor? “Que porra de amor, moleque! Pode ser feio igual ao cão, mas não pode, de jeito maneira, ser pobre”. Para a vovó o mais importante é a quantidade de bens que o ser amado tem. E assim ela foi feliz até o vovô morrer; agora ela é feliz com a pensão que recebe.
Papai sempre disse que feliz é o homem que trabalha honestamente... “Pô, pa-i-ê, não dá para ser só meio honesto? Eu tenho mesmo de trabalhar?”. Já mamãe diz que para ser feliz não é necessário consumir drogas e álcool e ter más companhias etc, etc. “Unhun Cláudia, senta lá”. Agora falando sério, de que me vale ter alguma espécie de felicidade momentânea oriunda desses prazeres hedonistas? Nada, não é mesmo? Acho que prefiro, na medida do possível – afinal ninguém é de ferro –, ser careta... Um careta mais feliz do que honesto.
E  com isso concluo que para ser feliz é necessário:
·        Ter uma família quase boa – mesmo porque uma boa por completo não serve;
·        Ter no mínimo um amigo que se possa realmente chamar de AMIGO;
·        Ter ideias positivas acerca da vida – nada de negatividade;
·        De vez em quando dar boas risadas;
·        Encontrar um amor verdadeiro – não desanimar nunca de encontrá-lo já é um bom começo;
·        Ajudar os outros – se bem que não atrapalhar é, na maioria das vezes, a melhor ajuda que se pode dar;
[...]
Bem, essa é uma pequena lista de alguns ingredientes que vale a pena acrescentar na nossa receita diária de felicidade. Se souberem de mais alguns mandem bala, afinal, felicidade nunca é demais.

 Gilmar Ribeiro (piu!).
16.07.2010, às 20:09.
* Não revisado.



4 comentários:

  1. Gostei do teu texto!
    Sou muito pessimista e, você, um estranho que está não sei aonde nesse mundo, me lembrou que ser feliz é possível, e que a primeira coisa que se deve fazer é QUERER ser feliz.

    Tks, stranger!

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  2. Quando estudava numa escola técnica, a nossa turma da tarde costumava deixar pensamentos na lousa para a turma da manhã e vice-versa. O seu texto me fez lembrar um desses que o povo da manha tinha nos deixado:

    "Não existe caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho." (n lembro o autor)

    E de certa forma eu sempre penso assim. Melhor do que conquistar o que deseja, é sempre poder criar novos objetivos.

    Parabéns pelo post!

    Abçs!!

    Danilo Moreira

    http://blogpontotres.blogspot.com/

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  3. Frase de Mahatma Gandhi, querido Danilo.
    Uma bela frase, bem pensada e bem definida!
    *.*.*.*.*.*.*.*.*
    Gilmar, como sempre, você consegue me surpreender à cada texto que escreve.
    Como disse a nossa muito bem-vinda visitante Carla (espero que volte sempre), também sou um tanto pessimista, ainda mais em relação à sociedade, e mesmo assim, compreendo que é possível ser feliz, mesmo com coisas banais, mesmo que as contas continuem chegando demasiadamente pelo correio, mesmo que, apesar de seus estudos, você descobrir que ficou de exame, mesmo que seus sonhos demorem a serem realizados, pois o importante é continuar acreditando que eles são possíveis, basta buscá-los!
    *.*.*.*.*.*.*.*.*
    Eu acredito no amor, e na amizade, no carinho e confiança, na verdade e sinceridade dos corações... eu acredito em Felicidade!

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  4. Conhecimento!

    Novas descobertas sempre são bem vindas e satisfatórias!

    poder dizer que ama alguém sem ter medo!

    Poder negar o que te icomoda e aceitar o que te dá prazer!

    Entre tantas outras...

    Parábens pelo texto!

    Marcio Andrade.
    Só... L. Sol...

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