sexta-feira, 5 de junho de 2009

Pensando verde


Foto tirada daqui.

Hoje, 5 de junho, é o Dia Mundial do Meio Ambiente. Neste ano, a sede do Dia Mundial será no México, para mostrar a importância da América Latina na luta contra a degradação ambiental e as mudanças climáticas, que têm se mostrado cada vez mais drásticas.

O tema das comemorações é: “Seu planeta precisa de você: Unidos contra as mudanças climáticas”.

Este dia de comemoração foi criado pela Assembléia Geral das Nações Unidas em 1972, marcando a abertura da Conferência de Estocolmo sobre o Ambiente Humano.

Mas, creio eu, nós não temos tantos motivos assim para comemorar. Por exemplo:

  • Há somente 2,5% de água doce no planeta;
  • A população está cada vez mais crescente, o que gera um maior consumo e utilização dos recursos naturais para a sobrevivência humana;
  • Milhares de animais são retirados do seu habitat para serem comercializados como espécies exóticas, o que resulta no aumento da extinção, uma vez que muitos destes morrem ao serem transportados (em caixas e gaiolas sem higienização e apertadíssimas para passarem desapercebidos) – lembrando que na China, e em outros países, a pele dos animais são arrancadas quando estes ainda estão vivos;
  • Existem as diversões esdrúxulas e patéticas, tais como as touradas, os rodeios, a caça aos animais silvestres;
  • A caça às baleias ainda é predominante em alguns países;
  • As geleiras dos pólos estão em derretimento;
  • Não há saneamento básico de qualidade para todos;
  • De acordo com o IBGE, no Brasil, 76% do lixo são jogados a céu aberto;
  • Mesmo que o Brasil tenha reduzido cerca de 90% dos desmatamentos da Amazônia em relação ao ano passado, a floresta já perdeu mais de 20% do seu tamanho original;
  • O desmatamento e a grilagem (posse ilegal de terras mediante documentos falsos) são os maiores fatores que contribuem para as queimadas, que por sua vez emitem CO2, contribuindo assim para o aquecimento global – um problema gera outro, que gera outro, e assim por diante;
  • Segundo o IBGE, 20% dos alimentos são desperdiçados;
  • Não há um estudo seguro que comprove os benefícios dos alimentos trangênicos;
  • As pessoas resistem à separação de seus lixos para a reciclagem e ao consumo responsável.

São muitos os assuntos a serem discutidos, muito mais do que esses que eu lembrei e ressaltei.

É verdade que muitas empresas HOJE tomaram a iniciativa de trabalhar somente com produtos ecológicos, o que pode ser uma boa estratégia de marketing. Uma sandália feita de pneu (que algumas comunidades faziam faz tempo, e vendiam nas estradas e feirinhas a um preço baixo) hoje não custa menos que 30 ou 40 reais. Ser ecologicamente correto virou moda. Até mesmo um refrigerante (do grupo Coca-Cola) de guaraná se promove com o marketing EKO só porque contém chá verde em sua composição! Tomar chá verde com guaraná enlatado, na minha singela opinião, não faz você colaborar mais com a natureza, não é deste tipo de propaganda banal que a sociedade precisa para se conscientizar.

Empresas como a Natura, que faz um excelente trabalho, já estão no ramo (de trabalhar com produtos naturais) há muito mais tempo, além de fazer trabalhos sociais que estimulam integração e preservação do meio ambiente.

A curto prazo, nossa contribuição pode parecer (e talvez realmente seja) mínima, mas precisamos fazer algo. Em casa, utilizamos sabão de coco (infelizmente, agora que eu aboli o uso de detergentes, minha mãe utiliza mesmo assim), pois, além de bactericida, tira muito mais a gordura e polui muito menos a água; juntamos óleo vegetal e doamos para pessoas que fazem sabão em barra; separamos nosso lixo e deixamos à disposição (uma sacola com plásticos e garrafas pet, outra só com latas e alumínio, e etc) para as pessoas que sobrevivem da reciclagem; economizamos água e energia, pois nos preocupamos com os recursos naturais que irão “sobrar” para a próxima geração. No começo é difícil se adaptar, mas com o tempo torna-se rotineiro, e até mais prático e, claro, diminui a quantidade de lixo nos aterros sanitários.

Eu sei, eu sei que este post é grande, mas é necessário. Se nós não nos preocuparmos agora (o que deveria ocorrer desde o começo da civilização), em um futuro próximo teremos que fazer uma seleção para ver quem vai habitar o planeta, ou disputar espaço com os lixões, ou ter um organismo que não necessite de água, ou ter uma pele que agüente raios ultravioletas e graus que cheguem à 65º (com o buraco da camada de ozônio, ou pior, sem buraco e sem camada), ou... Enfim.

Se quiserem mais informações sobre a situação do nosso planeta, você pode acessar aqui, ou entrar aqui, e aqui também.

Tem umas dicas da WWF que são super bacanas.

Ou você pode acessar o Código Ambiental da Cidade de São Paulo.

Não seja egoísta e não pense só no SEU futuro. Outras gerações virão.

“Quando a última árvore tiver caído,
Quando o último rio tiver secado,
Quando o último peixe for pescado,
Vocês vão entender que o dinheiro não se come.”

Greenpeace.


Gabi, aqui.

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