– Hei, vamos à pracinha?
É o que sempre se ouve de lá para cá, enquanto as crianças jogam bola na quadra do condomínio. Funciona como se fosse uma espécie de código sigiloso, que não deve, e nem pode, ser conhecido por todos, só por quem é do movimento.
A jovem estudante de Jornalismo, que mora no condomínio há pouco mais de um ano, passa na casa dos vizinhos do apartamento 31, a fim de chamá-los para dar uma volta na pracinha; dona Mirtes, que tem 46 anos e mora no apartamento 33, se apressa em estender as roupas no varal, só para ir logo à pracinha; Lucas sai correndo do curso de inglês e vai direto para a pracinha, isso todas às quintas-feiras, no período da tarde, a fim de aumentar a sua percepção.
Há quem não entenda o porquê dessa espécie de ritual que é ir à pracinha todos os dias, sempre nos mesmos horários. Dona Lourdes, do 22, diz que seus filhos não frequentam esse tipo de lugar, pois eles são pessoas de bem, mas mal sabe ela que a Claudinha estava lá na última sexta-feira à noite.
O cheiro da liberdade é forte, e qualquer um que passa por ali pode senti-lo, e ao mesmo tempo observar o grande número de pessoas que pretendem relaxar, esquecer um pouco da vida, respirar um ar mais puro.
Não posso dizer que sou a favor das idas à pracinha, mas não posso, também, criticar os gostos das pessoas, afinal, cada um sabe onde se sente melhor.
* Por Gilmar Ribeiro (piu!)
03/05/2010, às 18:44
É o que sempre se ouve de lá para cá, enquanto as crianças jogam bola na quadra do condomínio. Funciona como se fosse uma espécie de código sigiloso, que não deve, e nem pode, ser conhecido por todos, só por quem é do movimento.
A jovem estudante de Jornalismo, que mora no condomínio há pouco mais de um ano, passa na casa dos vizinhos do apartamento 31, a fim de chamá-los para dar uma volta na pracinha; dona Mirtes, que tem 46 anos e mora no apartamento 33, se apressa em estender as roupas no varal, só para ir logo à pracinha; Lucas sai correndo do curso de inglês e vai direto para a pracinha, isso todas às quintas-feiras, no período da tarde, a fim de aumentar a sua percepção.
Há quem não entenda o porquê dessa espécie de ritual que é ir à pracinha todos os dias, sempre nos mesmos horários. Dona Lourdes, do 22, diz que seus filhos não frequentam esse tipo de lugar, pois eles são pessoas de bem, mas mal sabe ela que a Claudinha estava lá na última sexta-feira à noite.
O cheiro da liberdade é forte, e qualquer um que passa por ali pode senti-lo, e ao mesmo tempo observar o grande número de pessoas que pretendem relaxar, esquecer um pouco da vida, respirar um ar mais puro.
Não posso dizer que sou a favor das idas à pracinha, mas não posso, também, criticar os gostos das pessoas, afinal, cada um sabe onde se sente melhor.
* Por Gilmar Ribeiro (piu!)
03/05/2010, às 18:44
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirNao sei se é pq eu estou sob um efeito enorme de sono mas este conto dá abertura a uma série de interpretações diferentes. Assim como também algumas coisas que o autor diz... mas relaxa, eu adoro isso!!!!!!
ResponderExcluirTb concordo com "cada um sabe onde se sente melhor", afinal temos nossa propria liberdade, ou pelo menos, devemos buscá-la.
Abçs!!