terça-feira, 4 de maio de 2010

O que é Loucura?


Muitas vezes nos deparamos com a pergunta o que é loucura? Durante os séculos muitos foram os sinônimos dados para essa palavra. Na década de sessenta a loucura era tida como uma espécie de rebeldia ou transgressão, ser louco era sinônimo de ser diferente. Nas artes, também existiram artistas considerados loucos; com seus traços marcantes e diferentes criavam novas obras e eram ovacionados pela platéia, que admirava o fato do estranho chocar e escandalizar como uma forma de expressão existencial.
Embora muitos sejam os sinônimos e significados designados para a palavra loucura, em geral as pessoas não sabem o que realmente ela é, ou como se manifesta. A loucura real é o total estremo de solidão, no qual um ser humano pode chegar. Pois para o louco, tudo o que existe diante de seus olhos e dos olhos de todos, deixa de fazer sentido. E por essa razão ele passa a reinventar solitariamente seu próprio mundo, onde existe uma crença própria, fantasmas próprios, próprios ídolos e principalmente onde existe sua identidade própria.
A loucura nada mais é do que um estado de perda da consciência de si no mundo. Através dela, você é condenado a viver como uma coisa. Pois, por perder a consciência de sua existência, e por vezes não ter controle de sua própria realidade, o louco é excluído da sociedade. Afinal a loucura ainda é um estigma na sociedade atual.
Estudos recentes estimam que entre 32% (Robins & Regier, 1991) e 65% (Wittchen & Perkonigg, 1996) dos adultos sofreram em algum momento da vida de um transtorno mental. Ao contrario do que se pensa normalmente, os transtornos mentais são relativamente frequentes na população infanto-juvenil: entre 15% e 22% da população apresenta alguma forma de distúrbio nessa faixa etária, sobretudo as fobias, abuso e dependência de substâncias nocivas e transtornos afetivos.
Os fatores causadores desses distúrbios são variados. O sistema nervoso pode ser afetado por uma anomalia, que causa a interrupção do envio de informações coerentes para o cérebro. Outras possíveis causas são os problemas emocionais ou acidentes onde a pessoa envolvida recebe impactos violentos na cabeça. Psiquiatras sustentam a tese de que, quando iniciado esse processo de perda do conhecimento, a lógica e total alienação do mundo exterior, é muito difícil de revertê-lo.
Cerca de 30% da população mundial sofre de alguma doença mental. Entre esses 30%, dois em cada três casos ficam sem tratamentos médicos, ou quando o recebem é de forma inadequada. Isso ocorre, pois em cada parte do mundo a loucura é vista e tratada sob um aspecto diferente, e por vezes levam em conta a cultura e a religião. Em alguns países africanos, a manifestação de loucura em membros das tribos é tida como poderes concedidos pelos espíritos mais poderosos de cada aldeia.
No Brasil, em torno de um terço da população possui algum tipo de doença mental. Entre 20 e 25% dos brasileiros têm tendência a sofrer de problemas mentais, ou de ter alguma doença mental, inclusive loucura. Por todos esses motivos, o nosso país precisa de medidas urgentes para que a população afetada por esses tipos de problemas seja tratada corretamente.
Durante muitos anos os loucos foram isolados da sociedade. Isso ocorreu devido ao fato de que toda a sociedade preferiu esconder as pessoas que sofriam com distúrbios metais, em manicômios e em clínicas psiquiátricas. Nesses locais as pessoas eram submetidas a tratamentos de choque, afogamentos, internação perpétua; os internos eram tratados como animais, presos em jaulas e as visitas de familiares e amigos eram proibidas.
Atualmente os tratamentos são múltiplos e mais humanos. Com o tempo, os familiares do paciente podem optar por internações semi-abertas, ou seja, o paciente é tratado no hospital durante o dia e no período da noite volta para casa. São desenvolvidas diversas atividades com os pacientes, como música, canto, teatro, atividades físicas que visam à reabilitação psicossocial do paciente. É um processo de recolocação do doente na sociedade, provando assim que quem sofre ou como problemas mentais, ou até mesmo com a loucura, possui a chance – com o tratamento adequado – de ter plenas condições de conviver na sociedade.
Embora tenham acontecido muitas inovações no setor psiquiátrico, os hospitais que possuem equipe médica capacitada são predominantemente instalados nas grandes capitais, principalmente na região sudeste. É o que dificulta o tratamento de pessoas que moram em estados brasileiros menos privilegiados em infra-estrutura sanitária.

Por Lauany Rosa e Claudinha Chagas.

3 comentários:

  1. Momento prof Cleusa...kkkk mto bom!!

    Acredito que a loucura está mais presente no que nunca em nossa sociedade, afinal, muitas estão fadados a viver pela vida correndo contra o tempo a fim de cumprir os seus vários compromissos... tudo de maneira sistemática, numa rotina que espreme até mesmo horas de sono. Além do estress cotidiano das lotações (seja em onibus, metro, bancos, mercados, etc) e outros eventos que mexem com nosso emocial (violencia, barulho, etc)

    Parabéns pelo post!!!!

    Bjs!!

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  2. De acordo com uma amiga minha, que também é louca, "A loucura é o ápice da inteligência humana".
    Bom texto.
    =]

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  3. "A loucura real é o total estremo de solidão, no qual um ser humano pode chegar. Pois para o louco, tudo o que existe diante de seus olhos e dos olhos de todos, deixa de fazer sentido. E por essa razão ele passa a reinventar solitariamente seu próprio mundo, onde existe uma crença própria, fantasmas próprios, próprios ídolos e principalmente onde existe sua identidade própria."

    Eis aqui um ponto importante pouco avaliado pela população. alias, muitos consideram a loucura de forma errônea.

    Bom texto, apesar do erro em "estremo".

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